Projeto de para-atletas do Rio Va’a Clube – formação de atletas de ponta

Treinamentos

Horários:

Específicos – Sob a supervisão de Alessandra Mapeli e com o monitor Francisco Soveral, segundas, quartas e sextas-feiras às 7h30.
Conjuntos – Os para-atletas também podem remar nos treinos do clube, às terças e quintas-feiras às 6h, às 8h e às 18h, e aos sábados às 7h.

Monitores:

 

Fransisco
Francisco Soveral – Remador especialista em atividades de educação

Convite

Caso você queira participar do nosso projeto, tornando-se para-atleta de ponta ou não, entre em contato conosco: contato@riovaa.com

O programa de parava’a do Rio Va’a Clube tem apoio da AMOUR e suporte financeiro da empresa CIVILMASTER, com recursos também oriundos das mensalidades dos sócios do clube, entidade sem fins lucrativos.

No vídeo do cabeçalho aparece o para-atleta William Christ na competição Rio Va’a 2017, que foi filmado por Maurício Salles (mauricio@mmsalles.com.br).

Direção: Nicolas Bourlon
Supervisão: Marcelo Zabrieszach Afonso
Coordenação: Alessandra Lincoln Mapelli
Monitor: Francisco Câmara Soveral

Estrutura

O diferencial do Rio Va’a Clube é focar no para-atleta e não em um projeto mais amplo, ao qual este terá que se adaptar. Buscamos soluções para cada situação que se apresente, de modo que o indivíduo consiga alcançar as mesmas conquistas que já foram obtidas, melhorando assim sua qualidade de vida.

Temos local para o para-atleta guardar seus pertences enquanto rema, e também para se banhar. É possível guardar material de treino, como cadeiras de rodas adaptadas para a areia da praia, almofadas, etc.
O Rio Va’a Clube oferece aos para-atletas canoas V1, OC1, OC2, OC4 e OC6 para os treinos.

Conseguimos atender necessidades específicas dos para-atletas, como treinadores especializados ou academias.

Relevância do projeto

Em 2017, o clube tinha 10 atletas federados, oriundos dos bairros carentes Jacaré, Cachambi, Cidade de Deus, Ramos, Realengo e Mesquita, e também das cidades dormitório Nova Iguaçu e Duque de Caxias.

Essa distância entre o local de residência e o de treino traz inúmeras dificuldades. Para serem pontuais e chegarem na praia às 7h, precisam acordar antes das cinco da manhã. Porém, esse esforço muitas vezes é inútil, pois acabam ficando plantados nos pontos, pelo motivo de que ou os ônibus não estão adaptados a transportar cadeiras de roda, ou os motoristas simplesmente não param quando fazem sinal.

Tamanho esforço justifica-se no fato de muitos deles estarem buscando a recuperação física e psicológica após terem sido feridos em situações de violência.

A notícia desse esforço, motivação e dedicação chegou a São Paulo capital, chamando a atenção do Estadão, que fez uma matéria dominical de capa, enfatizando a importância do projeto como solução para um problema atual da sociedade, as vítimas da violência.

Link: Materia – O Estado de São Paulo

Histórico

Primeiros passos do Rio Va’a Clube

O programa pioneiro de parava’a do Rio Va’a Clube, iniciado em 2010, deu continuidade a experiências bem sucedidas com para-atletas que experimentaram remar no clube, como Ranimiro Lotufo Neto, em 2002, e o maratonista Paulo Almeida, em 2006, além de outros com deficiência visual, neste mesmo ano.

Modalidade paralímpica

Em 2010, a Federação Internacional de Canoagem e a Federação Internacional de Va´a firmaram um acordo histórico para que o va´a pudesse se tornar modalidade paralímpica com estréia prevista para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

Núcleo pioneiro de parava’a no Brasil

Em abril de 2011, o Rio Va´a Clube implantou o primeiro núcleo de parava´a no país e apoiou a primeira prova de parava’a no Brasil, na Lagoa Rodrigo de Freitas, com canoas V1 e instrutores do clube. O programa foi idealizado por Nicolas Bourlon e coordenado por Jorge Souza Freitas com o apoio de Marcelo Zabrieszach Afonso.

Primeiras conquistas internacionais

Em novembro de 2011, a Ilha de Páscoa sediou o campeonato Sul-americano de Va´a, sendo um para-atleta do Rio Va´a Clube o campeão sul-americano de V1 longa distância. O Parava’a estreou no Brasil em provas de longa distância na Rio Va’a 2011.

Em 2012, no Campeonato Mundial de Va´a, em Calgary, no Canadá, o projeto do Rio Va’a Clube contribuiu para a seleção brasileira com quatro para-atletas. Tendo conquistado 2 medalhas de ouro e 4 de prata na modalidade Velocidade, com Caio Ribeiro, Luciano Meirelles e Tamara Oliveira. A viagem dos atletas do clube foi apoiada pela Empresa Civilmaster e pelo Instituto Vital Brasil, também com recursos do Rio Va’a Clube e, como é tradição no esporte, com a venda de camisetas no evento.

Em agosto de 2015, em Milão, na Itália, a equipe de parava’a do Rio Va’a Clube participou do Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem com dois atletas, que competiram contra mais de 1.700 de 101 países. Os integrantes da seleção brasileira de paracanoagem competiram nas categorias va’a (V1) e caiaque (K1). Caio Ribeiro conquistou o campeonato mundial de canoa individual (V1) 200 m, categoria VL3 Masculino, e Tamara Oliveira foi bronze em VL2 feminino.

Medalha na Paralimpíadas do Rio de Janeiro 2016

Iniciado à canoagem pelo Rio Va’a Clube em 2012, Caio Ribeiro passou a treinar de K1 em 2015 orientado pelo treinador Pedro Sena, vindo a conquistar a medalha de bronze nas Paralimpiadas do Rio de Janeiro, em 2016. Primeira medalha conquistada pelo Brasil no caiaque em Olimpiadas e Paralimpiadas.

Conquistas presentes e futuras

Pelo projeto, desde então, foram conquistadas 33 medalhas em competições oficiais, incluído as inéditas de ouro e de prata no Campeonato Mundial de Va´a de 2014.
O próximo passo será em direção à Tóquio 2020, quando o Va’a estreará nas Paralimpiadas.

Importância do projeto

Essas conquistas provam o potencial do va’a nos projetos de canoagem de base e a importância de se apoiar os clubes que desenvolvem tais projetos.